terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Por um carnaval com “ésses” e sem “pês”

Estão querendo partidarizar a discussão sobre a polêmica mudança no carnaval de Teresina. Também não entenderam o espírito da coisa. E o pior, vão perder uma grande oportunidade de parar, pensar e reinventar a folia na capital. Parece difícil entender que carnaval é uma festa de todas as cores, de todos os tamanhos, de todos os sexos, uma festa plural com todos os “ésses” que ele oferece: de diversões, folias, sorrisos, maisenas, brincadeiras, desfiles, amizades, histórias, alegrias e também de propostas, responsabilidades, sustentabilidades e de empregos. Mas não é uma festa de partido político. O único permitido no carnaval é o Partido Alto. A política, no seu sentido de politicagem, de politicalha, é a maior responsável pelo atraso que temos, inclusive pelo manco do desfile de nossas escolas de samba, dos nossos blocos de rua e até de nossas festas de maisena. A política que o carnaval precisa é da revitalização, é a pública, é a política socialmente pensante. O carnaval não precisa de partido político, não precisa de bate-boca político partidário, não precisa desses “pês” de sopa de letrinha que, ao final da tradução, significam a mesma coisa e só querem meter a mão no dinheiro público e escondê-lo, seja em meias, seja em cuecas, ou em outros locais que me recuso a pensar agora. Tanto faz. Ainda não entenderam que a farinha que move o carnaval é outra. E que os sacos são muito diferentes.

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